Motivos para gostar do Artesanato Português

O artesanato português faz parte da história do país, espelhando nas suas peças as vivências e memórias das várias regiões de Portugal. Conheça oito dos artefatos mais incontornáveis da cultura popular.

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Galo de Barcelos

Quando falamos em artesanato um símbolo surge de imediato: o Galo de Barcelos. Este ícone da identidade lusa, oriundo da nossa cidade de Barcelos, é conhecido pelas suas cores garridas e corações vermelhos sobre fundo preto. Como já mencionamos anteriormente, esta figura nasceu de uma lenda que remota aos tempos medievais quando um peregrino de Santiago de Compostela foi salvo da morte por um galo que ressuscitou e cantou na mesma hora em que o homem estava a ser enforcado. E, por tal, se diz que ter um Galo de Barcelos em casa traz sorte. A imagem popular tornou-se recorrente em ações promocionais do país e é, sem dúvida, um dos maiores símbolos turísticos portugueses.

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Corações de Viana

Património simbólico de Viana do Castelo, os elaborados Corações de Viana são obras de arte da filigrana portuguesa. Inicialmente, no séc. XIX, este coração era relacionado com o amor pelo divino e o culto do Sagrado Coração de Jesus e do Sagrado Coração de Maria. Posteriormente, seria conotado com o amor profano entre homem e mulher. Hoje, os Corações de Viana têm o seu momento de maior expressão na Romaria da Nossa Senhora da Agonia (em agosto). Se assistir ao cortejo etnográfico ou à Festa do Traje irá ver várias senhoras ostentando orgulhosamente ao peito os seus colares repletos de Corações de Viana.

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Renda Bilros

Ver uma rendilheira trabalhar uma Renda de Bilros é resumirmo-nos à nossa insignificância. A velocidade com que cruzam os fios de têxteis enlaçados em bilros prova que anos de técnica e treino habitam naquelas mãos. A Renda de Bilros evidencia-se em zonas piscatórias do Litoral, como Peniche e Vila do Conde. A arte remonta a finais do séc. XVI com as mulheres dos pescadores a usarem o tempo livre para produzir peças de enorme delicadeza cujo fruto da venda complementava os parcos salários provenientes da pesca.

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Tapete de Arraiolos

Foi na vila alentejana de Arraiolos que nasceu uma das mais conhecidas tapeçarias do país. Os Tapetes de Arraiolos são bordados em lã, com o ponto de costura que lhes dá nome, sobre uma tela de junta, algodão ou linho. Com os primeiros registos sobre estas peças de artesanato a datarem do séc. XVI, estes tapetes evidenciam-se pela sua robustez e pelas formas geométricas produzidas por gerações de bordadeiras portuguesas.

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Loiça das Caldas

Cerâmica decorativa inspirada em motivos naturalistas, a Loiça das Caldas tornou-se num ex-libris nacional, principalmente a partir do séc. XIX, com a entrada de Rafael Bordalo Pinheiro na industria local das Caldas da Rainha. O ilustrador foi o responsável pelo crescimento desta arte tradicional, introduzindo a produção de figuras decorativas, entre as quais o muito conhecido Zé Povinho ou as andorinhas pretas, ícone da primavera portuguesa.

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Lenços dos Namorados

A arte de namorar sempre teve diferentes representações na História e os Lenços dos Namorados foram um dos produtos artesanais portugueses que subsistiram até aos dias de hoje. Bordados pelas mulheres em idade de casar, entregavam-nos aos seus amados que, caso os usassem em público, demonstravam que tinham dado inicio à relação. Hoje, os padrões dos Lenços dos Namorados, com versos e desenhos apelando ao amor e às boas relações, saíram dos panos finos de linho para atoalhados da casa ou loiças, entre outras aplicações, mantendo as mensagens.

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Cestas Tradicionais

Saídas das mãos de artesões que trabalham fibras como o vime, o junco, a palha ou a verga, estas cestas são uma constante em qualquer casa ou feira de artesanato. A cestaria portuguesa teve as suas origens nas tarefas agrícolas ou comerciais, mas atualmente as suas utilizações são muito variadas. Vai encontrar estes objetos em vários formatos e feitios destinados, na sua maioria, ao uso doméstico ou decorativo.

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Máscaras Ibéricas

As Máscaras Ibéricas, confecionadas em diversos materiais, como madeira, latão ou couro, fazem parte da identidade das festas de inverno do Nordeste transmontando. As diferentes matérias-primas usadas resultam em texturas e formas distintas criadas por gerações de artesãos que, muitos deles, chegaram a usar na juventude. Estas máscaras são utilizadas de forma decorativa ou como parte do traje de ritual em eventos como a Festa dos Rapazes.

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